Luis Fernando Torres (Boca - PT) convida, aos interessados, para Audiência Publica discutirá a crise no IPE Saúde.
Entre os problemas enfrentados pelo IPE Saúde, que acabam refletindo negativamente no atendimento dos usuários, estão o atraso no pagamento aos prestadores de serviço, a defasagem nos valores da tabela, além da receita congelada do instituto, que depende dos valores descontados dos salários dos servidores, que estão há sete anos sem reajuste. Já a dívida do IPE Saúde está na ordem de R$ 1,1 bilhão. O atendimento precário a usuários em busca de informações e esclarecimentos - tanto por telefone como presencial -, junto com a ameaça de descredenciamento de hospitais e médicos, é outra questão que vem causando transtornos aos segurados.
Na avaliação do chefe do Parlamento estadual, caso haja um descredenciamento em massa de unidades de saúde, o resultado imediato será a migração direta de parcela significativa da população para o SUS, que já vem sendo subfinanciado nos últimos anos por conta da Emenda Constitucional 95 (EC 95), que congelou os investimentos em saúde pelas próximas duas décadas. "Precisamos lembrar também que o SUS experimenta, desde 2016, uma perda de recursos gritante. E, além disso, o Sistema vem sendo pressionado há dois anos por conta da pandemia do covid-19 e pela grande procura da população que precisa de tratamento para as sequelas deixadas pelo vírus. Jogar mais um milhão de pessoas no Sistema Único de Saúde não é solução nem para o IPE nem para o SUS, pelo contrário", acredita Valdeci.
Data de publicação: 21/06/2022
Créditos: Daniel Miranda
Créditos das Fotos: Daniel Miranda