Educação
Na tarde desta terça-feira, dia 08, as representantes das escolas particulares de educação infantil de Caçapava do Sul utilizaram a Tribuna Livre da Câmara Vereadores durante a sessão, para falar sobre a campanha do direito de escolha dos pais de lavarem as suas crianças para a escola.
O Movimento é liderado pela direção das três escolas particulares, professores e um grupo grande de pais que estão a favor da retomada das atividades escolares. Logo após a liberação por parte do Estado para o retorno da educação infantil, as escolas apresentaram um plano de retomada, obedecendo todos os protocolos de segurança exigidos. Este documento foi aprovado pelo Comitê Municipal de Combate ao Coronavírus, mas até hoje o decreto municipal liberando a retomada das aulas não foi emitido pela Prefeitura. Neste meio tempo a Prefeitura suspendeu a retomada presencial das aulas e esta espera se torna cada dia mais angustiante para educadores, pais e crianças.
Outro ponto abordado pelas educadoras é a falta de planejamento do município para essa retomada, já que o plano de ação e os protocolos foram apresentados e aprovados pelo Comitê, mas depois disso nada evoluiu. “Existem pais que não querem levar os seus filhos para a escola e nós respeitamos essa decisão, mas existem outros que aprovaram os protocolos e precisam levar. Queremos o direito de escolha. Recebemos relatos diários de crianças já enfrentando problemas. O fator psicológico das crianças e a violência doméstica também é uma questão de saúde.” alertou uma das professoras.
“Muitas crianças estão enfrentando problemas pela falta de convívio, ansiedade, dispersão, medo, além da dificuldade de absorção do conteúdo porque o ensino remoto nessa faixa etária é muito complicado”, comentaram
As diretoras também informaram que as escolas investiram muito para se adaptarem a nova realidade, adquirindo materiais de higienização, equipamentos de proteção e até mesmo um aplicativo para controle de entrada e saída das crianças.
Na Tribuna livre quem representou as escolas foi Eduarda Haag, que enfatizou a importância da retomada com todos os protocolos de segurança, já que praticamente todos os seguimentos estão abertos. Ela cobrou planejamento.
A maioria dos vereadores foram solidários a reivindicação e se comprometeram a conversar com o Prefeito sobre o caso, fazendo um planejamento de abertura com todas as regras exigidas.
A questão econômica também é uma preocupação do Movimento já que a previsão é que no mês de dezembro termine o auxílio liberado pelo Governo para o pagamento dos funcionários. Diante desta realidade, a partir do mês de janeiro a situação das escolas privadas de educação de Caçapava ficará muito difícil caso as aulas não sejam retomadas.
Professores e pais criaram grupos para engajar a comunidade no Movimento. Eles alegam que é um problema de todos. “Temos um problema não só educacional, mas social, financeiro e político. O Estado já liberou porque sabe dos problemas enfrentados, portanto o município deve o mais rápido possível rever a decisão e planejar esta retomada”, disse uma das diretoras.
Data de publicação: 08/12/2020