O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, recebeu, no começo deste mês, o presidente da empresa Finagro, Afonso Bertucci, para a apresentação do projeto silvoindustrial que visa produzir biomassa, energia elétrica e, futur...

O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, recebeu, no começo deste mês, o presidente da empresa Finagro, Afonso Bertucci, para a apresentação do projeto silvoindustrial que visa produzir biomassa, energia elétrica e, futuramente, etanol celulósico no RS. No encontro estava presente o vereador caçapavano Luis Fernando Torres – Boca (PT), e o presidente do Corede Campanha, João Sérgio Machado, entre outras autoridades da região. A fábrica deve ser instalada ainda este ano na metade sul do Estado.

Inicialmente, o empreedimento deve atingir 200 mil hectares para a produção de 600 mil toneladas de pellets ao ano e 50 mil watts de energia. Segundo Bertucci, hoje existem 30 mil hectares já regularizados para iniciar o processo, que deve incluir pequenos produtores. Além disso, o empresário defende que as florestas não competem com as demais culturas, e sim devem contribuir com a diversificação das propriedades rurais e agregar renda ao produtor.

Para Fioreze, as florestas plantadas fazem parte de novo ciclo de desenvolvimento do RS. “Temos um potencial espetacular de produção e produtividade, basta aumentar as áreas plantadas. Por isso, as florestas vão preencher um espaço importante, que são, especialmente as áreas marginais, aquelas que não estão sendo utilizadas para a agricultura e pecuária”.

De acordo com o vereador Boca Torres, a ideia apresentada tem como propósito aproveitar as madeiras da região, com destaque para o eucalipto que não tem destino específico. Inicialmente a empresa investirá em pellets, com a previsão de produzir etanol e celulose em um prazo de até três anos, aproveitando a palha do arroz e do milho, junto com a madeira. A intenção é gerar inicialmente cerca de mil empregos na região da campanha

Atualmente, o projeto está em fase de estudo para a localização da planta e dependendo da licença para construção da fábrica, que pretende instalar sua sede em Candiota ou em Pinheiro Machado. e concessão de área no porto de Rio Grande. O complexo industrial será construído em dois anos. Já os negócios com produtores devem ter início assim que as licenças forem liberadas. Com três anos de funcionamento, a planta também estará produzindo etanol celulósico.

O pellet é um combustível granulado que pode ser fabricado a partir de diversos tipos de resíduos de madeira, cascas de arroz e serragens. A produção do Rio Grande do Sul vai atender, inicialmente, o mercado europeu. Já a energia elétrica vai atender à demanda do consumo nacional.

“O que mais chamou atenção neste projeto é o interesse em incluir pequenos produtores. A proposta é que as pequenas propriedades tenham outra fonte de renda, aproveitando áreas livres para o florestamento. O local sede da indústria ainda está sendo disputado por Pinheiro Machado e Candiota, eu, como vice presidente da Avercamp, tenho total interesse que esta empresa se instale em Candiota pois este empreendimento fortalecerá a nossa região, trazendo melhorias para todos os municípios abrindo várias vagas de emprego para a metade sul do Estado”, finaliza o vereador.

Para os próximos dias, será agendado um encontro em Candiota, onde será apresentada a região junto com a associação de prefeitos e vereadores.

Data de publicação: 27/05/2014

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